Comércio de armas ligeiras movimenta cerca de US$ 1,1 mil milhão
Estudo lançado nesta quarta-feira aponta que comércio combinado de armas de pequeno porte, ligeiras e outras munições situa-se em US$ 7,1 mil milhões.
[caption id="attachment_200517" align="alignleft" width="350" caption="Comércio de armas ilegais movimenta em torno de US$ 1,1 mil milhão"]
Eleutério Guevane, da Rádio ONU, em Nova Iorque.
O comércio de armas ligeiras movimenta anualmente em torno de US$ 1,1 mil milhão, aponta um estudo lançado nesta quarta-feira pela Universidade de Cambridge.
De acordo com o “Inquérito Sobre Armas Ligeiras 2011”, o comércio combinado de armas de pequeno porte, ligeiras e outras munições situa-se em US$ 7,1 mil milhões.
Violência Armada
O documento, que inclui dados de vários governos, é tido como referência para a análise de aspectos ligados às armas ligeiras e violência armada.
Na edição deste ano, são igualmente analisadas as dinâmicas de circulação de armas de fogo nos sectores privados e público de países africanos como Cote d’Ivoire, também conhecida como Costa do Marfim, e Madagáscar.
Desafios
Falando à Rádio ONU, de Maputo, Albino Forquilha, da Comissão Interministerial para Prevenção, Combate e Erradicação do Tráfico Ilícito de Armas Ligeiras e de Pequenos Porte, apoiada pela ONU, falou dos desafios em Moçambique.
“No caso de Moçambique, como um país que emerge de um conflito armado, controlar ou recolher todo o armamento fora do controlo do Estado. Nós temos aquelas armas de posse individual mas temos outras no que chamamos ‘esconderijos colectivos’ para não dizer que alguns partidos ainda têm esconderijos de armas em grandes quantidades. É preciso limpar estas fontes todas e esforços estão a ser feitos para a recolha e destruição. A outra parte é, de facto, ter medidas efectivas de controlo de entradas e saídas de armamento a partir do próprio Estado moçambicano”, frisou.
Segurança Privada
A pesquisa aponta que mais de 25 milhões de pessoas estão ligadas a empresas de segurança privada, que tiveram um crescimento significativo durante a última década.
Estima-se que estas tenham acesso a 3,7 milhões de armas de fogo, se comparadas aos 26 milhões usadas por agências de cumprimento da lei e 200 milhões em poder de exércitos.