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ONU realizou evento para assinatura do Tratado sobre Comércio de Armas BR

ONU realizou evento para assinatura do Tratado sobre Comércio de Armas

O acordo estabelece padrões internacionais para a regulamentação do comércio de armas convencionais e munições; documento, considerado “histórico”, precisa ser firmado por pelo menos 50 nações.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.* 

A ONU realizou esta segunda-feira, evento para que os países-membros comecem a assinar o Tratado sobre Comércio de Armas, adotado pela Assembleia Geral, em abril.

O coordenador da Área de Justiça e Segurança da ONG “Sou da Paz”, Bruno Langeani, disse, em entrevista à Rádio ONU, de São Paulo, que o documento é muito importante.

Regulamentação

“ É um evento histórico, mais de sete anos de negociações para culminar neste momento, que trás uma regulamentação para o comércio de armas, que era uma área que a gente não tinha nenhum tipo de regulamentação. Agora com a aprovação e ratificação desse tratado, a gente vai ter, pela primeira vez, critérios mínimos que os países exportadores vão precisar observar antes de decidir se fazem ou não uma transferência de armas. Então, isso tem um impacto muito grande na vida das pessoas.”

O tratado regulamenta o comércio internacional de munições e armas convencionais, como as de pequeno porte, tanques de batalha, aviões de combate e navios de guerra.

Paz e Segurança

Segundo a ONU, o acordo busca a paz e a segurança, colocando um fim no fluxo instável de armas para regiões em conflito. A organização acredita que assim, será possível prevenir que os armamentos cheguem a senhores de guerra, piratas, grupos rebeldes e gangues.

A ONU lembra que as armas leves são a principal escolha durante conflitos internos e episódios de violência armada, mas armas pesadas também estão sendo usadas contra civis. Por isso, é importante que o tratado cubra o comércio de todo tipo de armamento.

O Tratado sobre Comércio de Armas precisa ser assinado e ratificado por pelo menos 50 países. O documento entra em vigor 90 dias após o número mínimo de assinaturas.

*Apresentação: Edgard Júnior