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Peritos dos direitos humanos confirmam estupros na RD Congo

Peritos dos direitos humanos confirmam estupros na RD Congo

De acordo com investigadores do Escritório da ONU para os Direitos Humanos, além do estupro de 121 pessoas ocorreram pilhagens e ‘actos cruéis e degradantes’ contra aldeões de Nyakele, na província do Kivu-Sul.

[caption id="attachment_200154" align="alignleft" width="350" caption="Campo de refugiados no Kivu-Sul"]

Eleutério Guevane, da Rádio ONU, em Nova Iorque.

Pelo menos 121 pessoas foram estupradaspor elementos do exército da República Democrática do Congo na província do Kivu-Sul,  em Junho,  anunciou o Escritório para os Direitos Humanos da ONU.

De acordo com informações apresentadas, esta sexta-feira, em conferência de imprensa, em Genebra, os actos teriam ocorrido entre 11 e 12 de Junho na aldeia de Nyakele, localizada numa área remota da província congolesa.

Investigadores

O informe dos investigadores, que há uma semana visitaram a área, indica que durante o ataque, soldados “pilharam e cometeram actos cruéis e degradantes contra a aldeia e seus habitantes.”

O porta-voz do Escritório da ONU para os Direitos Humanos, Rupert Colville, disse que os entrevistados pelo grupo incluiram médicos do centro de saúde local, funcionários administrativos, autoridades policiais e alegadas vítimas de violações dos direitos humanos, incluindo estupros.

Bens Pilhados

Segundo o porta-voz, as declarações indicam que além da violação de 121 mulheres, as tropas tomaram 157 cabras e pilharam dinheiro e ouro avaliados em aproximadamente 90 mil dólares. Segundo acrescentou, 13 aldeões foram alegadamente forçados a transportar os bens pilhados.

A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, considerou o incidente deplorável e acrescentou que “investigações futuras devem ser levadas a cabo para identificar os responsáveis.”