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ONU deplora violência contínua em Abyei e Kordofan do Sul

ONU deplora violência contínua em Abyei e Kordofan do Sul

Cerca de 45 mil pessoas foram deslocadas devido aos episódios de violência e pilhagem após ocupação da área por forças de segurança do norte do Sudão.

[caption id="attachment_197170" align="alignleft" width="350" caption="Violência em Abyei desloca 45 mil. "]

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A Missão da ONU no Sudão, Unmis, pediu esta segunda-feira, a cessação das tensões em Abyei e no estado de Kordofan do Sul, após recentes confrontos e com vista a evitar o alastramento da violência.

A região de Abyei, disputada pelo norte e sul do Sudão, é palco de episódios de violência e pilhagem após ocupação da área por forças de segurança do norte, no mês passado. A operação resultou no deslocamento de cerca de 45 mil pessoas.

Retirada Imediata

Nesta sexta-feira, o Conselho de Segurança pediu ao governo sudanês que retirasse imediatamente as suas forças de Abyei, referindo que a sua presença na área constituía uma “séria violação a acordos anteriores.”

Em comunicado, a Unmis aponta para a continuação da pilhagem em Abyei, apesar de garantias dadas pelas forças sudanesas da sua cessação. A missão lembra as autoridades do seu compromisso em intervir para a cessação dos actos criminais.

Custódia

A Unmis apela igualmente às tropas sudanesas que libertem os civis sob a sua custódia e pedem que seja garantido  acesso humanitário a todas as partes em Abyei.

A missão lançou igualmente um apelo para a cessação di fogo de artilharia lançado prlas forças sudanesas nas proximidades do seu acampamento, considerando uma “ameaça à segurança e presença da ONU”. A Unmis alerta que  “patrulhas e combates em Abyei constituem um “grande  risco para civis que queiram retornar às suas aldeias.”

A missão dá conta de incidentes de violência ocorridos durante o último fim-de-semana em áreas do Kordofan do Sul e pede o exercício de contenção máxima e retorno ao diálogo para a solução da disputa.

Os episódios de violência nas duas regiões ocorrem antes da separação formal do Sul do Sudão do resto do país, prevista para 9 de Julho, após o referendo realizado em Janeiro.