Perspectiva Global Reportagens Humanas

Ban propõe trajecto para reforço da segurança nuclear

Ban propõe trajecto para reforço da segurança nuclear

Em vésperas do 25º aniversário do acidente nuclear de Chernobyl, Secretário-Geral traça paralelo com acidente na central japonesa de Fukushima Daiichi.

[caption id="attachment_194745" align="alignleft" width="175" caption="Ban Ki-moon"]

Eleutério Guevane, da Rádio ONU, em Nova Iorque.

O Secretário-Geral da ONU propôs esta terça-feira na capital ucraniana, Kiev, uma "reflexão séria" sobre o funcionamento de centrais nucleares para uso pacífico e em condições de segurança máxima.

Ban Ki-moon dirigia-se aos participantes da cimeira sobre a "Segurança e Uso Inovador de Energia Nuclear", realizada em vésperas do 25º aniversário do acidente de Chernobyl e quando ocorrem sequelas do desastre na central japonesa de Fukushima Daiichi.

Desastres

Ban apontou que uma vez mais foi demonstrado que os desastres mundiais não respeitam fronteiras e representam uma ameaça directa à vida humana e meio ambiente, causando perdas económicas. Ban chamou igualmente atenção para os efeitos devastadores em sectores como produção agrícola, comércio e serviços mundiais.

No seu pronunciamento, o Secretário-Geral avançou uma proposta de revisão total das normas de construção de centrais nucleares e uma análise do seu custo-benefício.

Reforço

Ban propôs igualmente o reforço do apoio à Agência Internacional de Energia Atómica, Aiea, para que possa lidar melhor com a segurança nuclear.

Ainda na Ucrânia, Ban Ki-moon voltará a abordar os desafios da energia nuclear, nesta quarta-feira, na conferência científica "25 Anos Depois de Chernobyl: Segurança para o Futuro."

Actualmente, existem 443 centrais nucleares em 29 países, incluindo em zonas de actividade sísmica.