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Países africanos partilham modelo de alimentação escolar do Brasil

Países africanos partilham modelo de alimentação escolar do Brasil

Moçambique e São Tomé vão beneficiar de assessoria de novo escritório apoiado pela agência da ONU e pelo governo brasileiro.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Uma unidade de apoio aos programas mundiais de combate à fome no mundo vai passar a funcionar no Brasil, referiu esta quinta-feira o Programa Mundial de Alimentação, PMA.

Trata-se de um escritório especializado em alimentação escolar, que vai operar em pleno a partir de Junho, na capital, Brasília. De acordo com o PMA, mais de 47 milhões de pessoas já beneficiaram do programa contra a fome implementado pelas autoridades brasileiras.

Motivações

Em declarações à Rádio ONU, de Brasília, o director dos Escritórios do PMA em Bruxelas, Gemmo Lodesani, falou das motivações para o estabelecimento da parceria entre o Brasil e a ONU.

"A gente quer partir de uma experiência que teve sucesso para tentar utilizar este modelo, e adaptá-lo a outros países. De facto, partir de algo muito concreto de quem fez, fez bem, e quer ajudar aos outros", frisou.

Interesse

Em todo o mundo, 62 nações implementam programas de alimentação escolar. Gemmo Lodesani indicou que a iniciativa pretende ampliar a estratégia de atribuição de uma a três refeições diárias a estudantes, aos países que demonstrarem interesse.

"Aqui, o escritório vai prestar assistência técnica. Os programas vão ser implementados no terreno pelos governos e pelo PMA. Vamos dar assistência a países que precisem e queiram fazer da alimentação escolar um ponto-chave da sua estratégia de combate à fome."

Além dos territórios palestinos, contam-se entre os beneficiários da iniciativa países como a Cote d'Ivoire, também conhecida como Costa do Marfim, Gana, Moçambique, São Tomé e Príncipe e a maioria das nações da América Latina.