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ONU pede aos doadores para ajudarem a Somália

ONU pede aos doadores para ajudarem a Somália

Encontro do Grupo Internacional de Contacto para o país terminou em Roma com uma condenação das recentes tentativas de grupos armados extremistas para derrubarem o governo legítimo em Mogadíscio.

Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Uma conferência internacional sobre a Somália, presidida pela ONU, pediu o reforço do apoio àquele país do Corno de África.

Um comunicado emitido na quarta-feira, em Roma, no final da reunião do Grupo Internacional de Contacto sobre a Somália, condena as recentes tentativas de grupos armados extremistas para derrubarem o governo legítimo do país.

Estabilidade

O encontro do grupo de 33 países durou dois dias. O representante especial de Ban Ki-moon para a Somália, Ahmedou Ould-Abdallah, que presidiu a reunião, apelou aos doadores para concretizarem as promessas de ajuda feitas na recente conferência de Bruxelas, em Abril.

Ele disse que os fundos deveriam ser canalizados com urgência para reforçar a capacidade da missão da União Africana no país, Amisom.

O comunicado saúda também o compromisso assumido pelo governo de transição da Somália de alcançar a estabilidade através de um processo inclusivo. O documento pede às autoridades para completarem a fase de reconciliação nacional, envolvendo grupos que até agora se tem mantido à margem do processo.

Abordagem

Ould-Abdallah notou que milhões de dólares foram gastos na Somália nos últimos 10 anos mas que a crise continua. Ele defendeu uma nova abordagem com ênfase na restruturação da polícia e o exército, reforma do Banco Central e fim da impunidade para os violadores dos direitos humanos.

A Somália não tem um governo central e funcional desde a queda do presidente Siad Barre em 1991. As Nações Unidas estimam que cerca de 3,2 milhões de pessoas, 40% da população, necessitam de assistência humanitária.