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ONU: situação humanitária na Líbia pode piorar

Durante reunião em Doha, Secretário-Geral diz que afetados pela crise podem chegar a mais de 3,6 milhões; ONU está liderando resposta internacional desde a criação do Grupo de Contato para a Líbia em 31 de março.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que é vital que a comunidade internacional tenha uma ação coordenada sobre a resposta à crise na Líbia.

A declaração foi dada durante a primeira reunião do Grupo Internacional de Contato sobre a Líbia, nesta quarta-feira, em Doha, capital do Catar.

Confrontos

Desde fevereiro, forças pró e contra o líder líbio Muammar Kadafi estão em confronto no país. Os rebeldes exigem que Kadafi deixe o cargo. De acordo com Ban Ki-moon, no pior dos cenários, mais de 3,6 milhões de pessoas podem ser afetadas pelo conflito e precisarão de ajuda humanitária.

Antes do encontro, em Doha, o embaixador de Portugal nas Nações Unidas, José Filipe Moraes Cabral, falou à Rádio ONU, sobre a urgência de se buscar uma solução política para a crise no país.

Eternização

"Se não houver uma solução política rápida para este conflito tenderá a eternizar-se podendo levar, inclusive, a uma fratura da Líbia. Pode afetar a integridade territorial da Líbia, do modo como o conhecemos neste momento. De modo que sem solução política, não haverá resolução para a atual crise e os riscos de eternização são evidentes", afirmou.

Ban Ki-moon defendeu a ação da comunidade internacional apontando para o objetivo de "proteger civis da violência perpetrada pelo próprio governo."

União Africana

Além do secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, participam do encontro líderes da União Africana, da Organização da Conferência Islâmica e da União Europeia.

Na sexta-feira, Ban Ki-moon embarca para o Egito para discutir a continuação da coordenação da resposta internacional para a crise.