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Comunidade internacional deve unir-se para transição pacífica na Líbia

Comunidade internacional deve unir-se para transição pacífica na Líbia

Secretário-Geral pede união da comunidade internacional para assegurar paz no país do norte de África.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon disse, esta quarta-feira, que está a seguir com preocupação os recentes eventos na Líbia.

De acordo com as autoridades líbias, mais de 300 pessoas morreram devido à violência registada na sequência dos protestos contra o regime de Muammar Kadafi, no poder há mais de 40 anos.

"Rumo Perigoso"

Em declarações a jornalistas, em Nova Iorque, Ban Ki-moon referiu que a situação "pode seguir um rumo perigoso" e apelou à união da comunidade internacional para que seja garantida uma transição pacífica.

Segundo o Secretário-Geral, a natureza e extensão dos ataques contra civis constituem uma completa violação ao direito internacional humanitário e aos direitos humanos. Ele sublinhou a sua condenação vigorosa e sem reservas à violência.

Violações

No seu pronunciamento, o Secretário-Geral condenou "nos termos mais fortes" a violência contra civis. Ele saudou o anúncio de uma sessão especial do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, a decorrer nesta sexta-feira, para discutir a abertura de um possível inquérito internacional sobre a situação na Líbia.

Ban disse ter mantido uma conversa com o líder da Liga Árabe, Amr Moussa, sobre os desenvolvimentos no mundo àrabe, tendo anunciado o envio de uma delegação para o Egipto, liderada pelo subsecretário da ONU para os Assuntos Políticos, Lynn Pascoe.

Tunísia

No fim-de-semana, um conselheiro especial para os Assuntos Políticos, Jamal Benomar, desloca-se à Tunísia, anunciou Ban Ki-moon.

O apelo do Secretário-Geral estendeu-se igualmente aos países vizinhos da Líbia no sentido de "não repatriarem os cidadãos que fogem do país."

Ele reafirmou o seu apelo para a cessação das violações e dos ataques contra os civis frisando que "os responsáveis pelo derramamento de sangue dos inocentes devem ser punidos."

Ban disse ter interrompido a sua visita à cidade norte-americana de Los Angeles para lidar com a crise líbia, a partir da sede Nações Unidas em Nova Iorque.