Ban elogia progressos na situação de segurança na Guiné-Bissau

Em relatório, Secretário-Geral enaltece compromisso dos líderes políticos no diálogo; Ban apela à recuperação do ‘tempo perdido.’

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A Guiné-Bissau está a fazer face aos efeitos da crise de Abril do ano passado, com apoio prestado pela ONU na promoção da reforma da defesa e segurança, refere o Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.

No seu mais recente relatório sobre a situação do país, Ban refere estar "encorajado com os progressos notáveis verificados na reversão dos efeitos negativos dos eventos civis e militares de 1 de Abril de 2010."

Detenções

Referindo-se à crise política que culminou com a detenção do primeiro-ministro, do chefe de Estado Maior das Forças Armadas e de outros oficiais do exército, Ban sublinhou que foram tomados "passos positivos" para a solução de conflitos por parte da liderança guineense.

Ban enalteceu "a demonstração do compromisso político para a resolução de temas contenciosos através do diálogo e consultas com vista à consolidação das instituições de estado."

Reformas

De acordo com o Secretário-Geral, o país levou a cabo "reformas importantes, que permitiram a redução da dívida externa do país, que vai impulsionar o momento positivo vivido na Guiné-Bssau."

Ele considera importante que o povo guineense e especialmente os actores políticos e militares "recuperem os anos perdidos e se concentrem no trabalho colectivo e no interesse nacional para o alcance de um consenso."

O Secretário-Geral pediu que sejam definidas as prioridades socioeconómicas que garantam uma estabilidade a longo prazo na Guiné-Bissau.

Em janeiro, arrancou o novo mandato do Escritório das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau, Uniogbis, a vigorar até 1 de Janeiro de 2012.