Copa do Mundo e Olimpíadas no Brasil em debate no Fórum Urbano

Encontro reuniu urbanistas, engenheiros e arquitetos durante o Fórum do UN-Habitat; em documento ao Conselho de Direitos Humanos da ONU no começo de março, Raquel Rolnik afirmou que o impacto para o benefício da moradia adequada nas cidades que recebem essas disputas ainda é pouco claro.

Daniela Traldi, da Rádio ONU em Nova York*.

Urbanistas, engenheiros e arquitetos se reuniram nesta terça-feira para debater a realização da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016 no Brasil.

O encontro foi organizado durante o 5º Fórum Urbano Mundial, promovido pelo Centro das Nações Unidas para Assentamentos Humanos, UN-Habitat, que acontece no Rio de Janeiro até 26 de março.

Planejamento

Durante a reunião, o presidente do Sindicato da Arquitetura e da Engenharia, Sinaenco, João Alberto Viol, disse à Rádio ONU, do Rio de Janeiro, que é preciso planejamento adequado em cidades que irão receber grandes eventos.

"Nós queremos que o Brasil seja uma vitrine para o futuro, para o mundo. E essa vitrine vai atrair turistas e vai ser bom para o país mas os estrangeiros que vierem aqui precisam conviver com população com melhor nível de vida", afirmou.

Na abertura do evento, na segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, lembrou que a capital fluminense será sede das Olimpíadas e também deve receber jogos da Copa do Mundo de Futebol em 2014. O presidente disse que a escolha reflete o atual momento do país.

"É uma cidade que começa a ser nesse momento vista como a cara de um novo Brasil, que está nascendo de um forte investimento que o governo está fazendo em parceria com Estados e prefeituras na questão urbana", afirmou.

Impacto

Em documento ao Conselho de Direitos Humanos da ONU no começo de março, a relatora para Moradia Adequada, Raquel Rolnik, afirmou que o impacto para o benefício da habitação adequada nas cidades que recebem esses grandes eventos ainda é pouco claro.

*Apresentação: Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

** Reportagem de Arthur Orlando, do Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil, Unic-Rio.