Chade quer retirada da componente militar da Minurcat (Português África)
Pedido foi feito durante uma conferência de imprensa do embaixador do país africano na sede da ONU em Nova Iorque; a missão foi criada há dois anos para reduzir as tensões ao longo da fronteira do Chade com a região sudanesa de Darfur.
Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O chefe do departamento de manutenção de paz da ONU, Alain Le Roy, vai viajar para o Chade na próxima semana para debater o pedido feito pelo país africano para a retirada da componente militar da Minurcat.
A missão das Nações Unidas foi criada há pouco mais de dois anos para reduzir as tensões ao longo da fronteira com a região sudanesa de Darfur.
Objectivo
A visita do Subsecretário-geral para Operações de Manutenção de Paz foi anunciada na quarta-feira, após o embaixador chadiano junto à ONU, Ahmad Allam-mi, ter dito a uma conferência de imprensa em Nova Iorque que a componente militar da Minurcat já tinha cumprido o seu objectivo.
Ele afirmou que o Chade não está a pedir a retirada imediata dos capacetes azuis, mas procura uma solução provisória para o problema.
A missão das Nações Unidas no Chade foi criada em 2007 para garantir a segurança de centenas de milhares de refugiados de Darfur, outras pessoas deslocadas e trabalhadores humanitários.
Mandato
Ahmad Allam-mi disse, contudo, que após a assinatura de novos acordos com o Sudão e face à incapacidade dos soldados da ONU de proteger totalmente os civis na região leste do país, tinha chegado a altura de tropas chadianas substituirem os capacetes azuis. Ele pediu também a modificação do mandato da Minurcat antes da sua expiração em Março.
O Conselho de Segurança debateu a questão na quarta-feira e expressou o seu total apoio à missão. O órgão encorajou ainda novas consultas entre as Nações Unidas e o Chade sobre o assunto.