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Desmatamento e emissões de CO2 aumentam na América Latina BR

Desmatamento e emissões de CO2 aumentam na América Latina

Estudo da Cepal alerta que o desmatamento da região é o dobro da média mundial e, entre 1990 e 2005, a área coberta por florestas encolheu 7%; relatório também destaca alguns progressos, como o aumento de 120% da superfície total de áreas protegidas.

Daniela Traldi, da Rádio ONU em Nova York.

Apesar dos avanços em alguns países, a redução progressiva da área florestal e o aumento das emissões de CO2 estão prejudicando a implementação da sustentabilidade ambiental, uma das Metas do Milênio, na América Latina e no Caribe.

A conclusão está no relatório ‘Objetivos de Desenvolvimento do Milênio', lançado nesta quarta-feira no México pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, Cepal, em parceria com outras agências da ONU.

Emissões

Segundo o estudo, a taxa de desmatamento da região é o dobro da média mundial. Entre 1990 e 2005 a área coberta por florestas encolheu 7%, o equivalente à perda de quase 69 milhões de hectares. 86% desse total ocorreu na América do Sul, principalmente na Amazônia.

No mesmo período, as emissões de dióxido de carbono cresceram 41%, devido à queima de combustíveis fósseis e à produção de cimento. Estima-se ainda que a região seja responsável por 48% das emissões globais por mudanças no uso da terra.

O relatório também destaca alguns progressos, como o aumento de 120% da superfície total de áreas protegidas, a diminuição de 85% do consumo de substâncias que afetam a camada de ozônio e o crescimento de 10% da cobertura de água potável.

Urbana

A Cepal alerta que a população urbana que vive em favelas é de 31% e existem mais de 100 milhões de pessoas em condições inaceitáveis na região.

O estudo pede mais esforços para o desenvolvimento ambiental sustentável, visão mais ativa sobre as mudanças climáticas e levantamento sistemático de informação para avaliar a situação da América Latina e do Caribe.