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Nações Unidas pedem proibição de prisões secretas BR

Nações Unidas pedem proibição de prisões secretas

Documento é baseado em respostas de 44 países a um questionário detalhado e também entrevistas com 30 indivíduos que foram detidos secretamente; estudo foi elaborado por relatores e organizações independentes da ONU para a área de tortura e luta antiterrorista.

Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova York*.

Apesar da existência de normas internacionais que proibem detenções secretas, esses atos continuam ocorrendo em todo mundo, reforçados pela guerra ao terrorismo.

A afirmação está em um estudo divulgado na terça-feira por relatores e organizações independentes da ONU para a área de tortura, luta antiterrorista e prisões arbitrárias.

Entrevistas

O documento é baseado em respostas de 44 países a um questionário detalhado e inclui entrevistas com 30 indivíduos que foram detidos secretamente e que poderão ter sido torturados.

O relatório realça que a detenção secreta coloca as pessoas à margem do quadro legal de justiça, ao mesmo tempo que retira o direito às salvaguardas dos intrumentos internacionais, incluindo o direito de comparecer perante o tribunal.

Os relatores da ONU recomendam a proibição explícita de detenções secretas e a conservação de registros minuciosos sobre quantas pessoas estão sob custódia e de que crimes são acusadas.

Medidas

O documento sugere ainda o estabelecimento de mecanismos independentes com acesso às pessoas privadas de liberdade.

O estudo pede também a criação de medidas para garantir que as famílias sejam informadas da captura e estado de saúde dos detidos.

*Apresentação: Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.