Funcionário da Minustah relata terramoto no Haiti
Chefe de Informação Pública da Missão da ONU no país afirma que os soldados e a maior parte da polícia estão a trabalhar na ruas, a manter a lei e a ordem e a ajudar nas operações de resgate; ele sobreviveu ao desmoronamento do edifício da Minustah.
Ana Ventura Miranda, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O chefe de Informação Pública da Missão das Nações Unidas no Haiti, Minustah, David Wimhurst, disse em entrevista à Rádio ONU, de Porto Príncipe, que a presença da Minustah é provavelmente a componente mais importante neste momento no país.
Ele encontrava-se nas instalações do complexo da ONU na altura do sismo e estava numa ala que saía do corpo principal do edifício de seis andares da Minustah.
Destruição
O funcionário das Nações Unidas disse que conseguiu sobreviver graças a um pilar que ficava no centro do seu escritório e que os colegas costumavam dizer que era feio.
Wimhurst disse que funcionários das Nações Unidas foram levados do Hotel Christopher em camiões do exército, e foi um longo e lento percurso pelo meio de toda a destruição. Wimhurst descreveu o cenário como horrível.
Ele afirmou que só se vê casas e edifícios caídos, carros e pessoas esmagadas, está toda a gente na rua porque não têm para onde ir.
Wimhurst disse ainda que os soldados em Porto Príncipe, estão em campos do exército, fora do edifício da Missão no Haiti, e que a maior parte deles estavam bem.
Peritos
Segundo Wimhurst, os soldados e a maior parte da polícia estão a trabalhar na ruas, a manter a lei e a ordem e a ajudar nas operações de resgate.
De acordo com o chefe da informação pública, estão ansiosos pela chegada de equipas de peritos vindas da China, República Dominicana e dos Estados Unidos, que vão trazer mais equipamento para ajudar nas buscas.