Unama: 2009 foi o ano em que morreram mais civis afegãos
A chefe do departamento de direitos humanos da Unama, Norah Niland, disse que tem havido uma intensificação do conflito e que se tem espalhado para áreas que anteriormente eram consideradas seguras.
Ana Ventura Miranda, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A missão das Nações Unidas no Afeganistão, Unama, divulgou esta quarta-feira uma nova estatística que mostra que 2009 foi o ano em que morreram mais civis afegãos, apanhados no conflito armado.
O relatório revela que comparativamente ao ano passado houve um aumento de 14%, com 2,412 casualidades registadas.
Ataques
A chefe do departamento de direitos humanos da Unama, Norah Niland, disse que tem havido uma intensificação do conflito e que se tem espalhado para áreas que anteriormente eram consideradas seguras.
Ela afirmou ainda que ataques suicidas e aparelhos explosivos improvisados causaram mais casualidades entre os civis do que qualquer outra táctica, matando 1,054 pessoas no último ano.
O relatório aponta os elementos anti-governamentais como responsáveis pela maior parte das mortes entre a população civil, matando três vezes mais do que as forças apoiantes do governo.
Segundo a Unama, há civis que estão também a ser deliberadamente assassinados, raptados ou executados, se existe suspeitas de que estão associados ao governo ou à comunidade internacional.
Preocupação
Norah Niland expressou ainda preocupação sobre as bases militares estarem inseridas ou próximas de áreas de concentração de civis, o que aumenta os riscos enfrentados pelos mesmos.
Os agentes dos direitos humanos têm como objectivo minimizar o impacto dos conflitos em civis, monitorizando de forma independente e imparcial os incidentes de perda de vidas ou civis feridos.