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Kai Eide: Hora de acertar agenda política com os afegãos (Português Brasil)

Kai Eide: Hora de acertar agenda política com os afegãos (Português Brasil)

Enviado especial da ONU ao Afeganistão faz último discurso no cargo no Conselho de Segurança; ele ressaltou que se tendências negativas no país não forem revertidas logo há o risco de que se tornem difíceis de lidar.

[caption id="attachment_158575" align="alignleft" width="175" caption="Kai Eide"]

Daniela Traldi, da Rádio ONU em Nova York.

O enviado especial da ONU ao Afeganistão, Kai Eide, disse nesta quarta-feira no Conselho de Segurança que houve perda valiosa de tempo no país nos últimos seis meses.

Em seu último discurso no cargo na sede da organização em Nova York, Eide voltou a afirmar que a estratégia não pode ser impulsionada apenas militarmente.

Tendências

Kai Eide disse que está preocupado com o que chamou de tendências negativas, com o aumento da impaciência de países doadores e a crescente frustração entre o povo afegão diante de expectativas que não foram alcançadas.

Ele também citou as dificuldades das forças afegãs e internacionais em combater os insurgentes. Eide ressaltou que se essas tendências não forem revertidas logo há o risco de que se tornem difíceis de lidar.

O enviado especial afirmou que agora é a hora de acertar a agenda política para o Afeganistão.

Energia

Ele disse que as eleições presidenciais do ano passado desviaram energia para longe das prioridades estabelecidas para um novo processo de transição que prevê que os afegãos decidam o próprio futuro.

Eide lembrou que a estratégia de transição deve envolver áreas e instituições civis importantes e o desenvolvimento da economia para capacitar o governo a fornecer serviços básicos à população.

Kai Eide afirmou que se esses aspectos não forem considerados seriamente como a estratégia militar, há a possibilidade de fracasso no Afeganistão.