Ajuda humanitária suspensa no sul da Somália, diz PMA
Programa Mundial de Alimentos paralisa atividades humanitárias na região devido a exigências de grupos armados; recursos e equipes de resgate tem sido reposicionadas caso os moradores deixem as áreas onde a distribuição de alimentos foi suspensa.
[caption id="attachment_159073" align="alignleft" width="175" caption="Foto:PMA"]
Ana Ventura Miranda, da Rádio ONU em Nova York*.
O Programa Mundial de Alimentos afirmou nesta terça-feira ser praticamente impossível continuar a ajuda humanitária a mais de um milhão de pessoas necessitadas no sul da Somália.
Segundo o PMA o aumento de ameaças de grupos armados e ataques contra as operações militares estariam impedindo os trabalhos na região. A porta-voz em Genebra da agência da ONU, Emilia Casela, disse que o sul do país é controlado pela milícia Al-Shabaab.
Ameaças
Ela qualificou as exigências como inaceitáveis, entre elas estariam pedidos de pagamento para garantir segurança e a remoção de mulheres das suas posições de trabalho.
Casela disse que o PMA está profundamente preocupado com o aumento da fome e do sofrimento das populações devido às ameaças, que ela classificou como desumanas e sem precedentes.
Segundo a agência da ONU a distribuição de alimentos no resto do país vai continuar, incluindo a capital Mogadíscio, com 1,8 milhão de pessoas beneficiadas.
Agência
O Programa Mundial de Alimentos lembra que é uma agência humanitária sem finalidades políticas que opera na Somália há mais de 40 anos, com assistência a casos de extrema pobreza antes e durante os anos de conflito no país.
Os escritórios do PMA no sul foram temporariamente fechados, com funcionários deslocados para áreas mais seguras para garantir que a ajuda chegue ao maior número possível de necessitados.
O PMA afirma que recursos e equipes de resgate também tem sido reposicionadas caso os moradores deixem as áreas onde a distribuição de alimentos foi suspensa.
*Apresentação: Daniela Traldi, da Rádio ONU, Nova York.