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Ban: Ainda há muito para fazer após acordo de Copenhague BR

Ban: Ainda há muito para fazer após acordo de Copenhague

Ban Ki-moon elogia consenso alcançado na Conferência das Nações Unidas na Dinamarca; ele disse que o mundo tem a base para o primeiro acordo global que irá limitar e reduzir a emissão de gases que causam o efeito estufa.

[caption id="attachment_171423" align="alignleft" width="175" caption="Ban Ki-moon"]

Carlos Araújo, da Rádio ONU, em Nova York*.

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, elogiou o acordo sobre mudança climática alcançado por líderes mundiais na conferência das Nações Unidas em Copenhague.

Em entrevista a jornalistas neste sábado na capital dinamarquesa, Ban descreveu o consenso como uma primeira etapa essencial. Ele acrescentou que ainda é preciso mais trabalho para transformar o documento num tratado vinculativo.

Nota

Os países que participaram da reunião de Copenhague concordaram na noite de sexta-feira ‘tomar nota' do acordo alcançado por dirigentes de cinco nações: Brasil, Estados Unidos, China, Índia e África do Sul, após duas semanas de negociações.

Ban Ki-moon disse que o mundo tem a base para o primeiro acordo global que irá limitar e reduzir a emissão de gases que causam o efeito estufa, apoiar medidas de adaptação por parte dos países mais vulneráveis e lançar uma nova era de crescimento verde.

O Secretário-Geral destacou que o acordo de Copenhague pode não ser aquilo que muitos esperavam, mas é um início fundamental.

Ele realçou que progressos foram feitos nas quatro metas que ele estabeleceu na cúpula especial de líderes mundiais sobre o tema, em Nova York, no mês de setembro.

Ban afirmou que todos os países concordaram em trabalhar rumo ao objetivo de longo prazo de limitar o aumento da temperatura em menos de 2C, e muitos governos assumiram o compromisso de reduzir ou limitar as emissões. Ele disse ainda que houve progressos significativos na preservação de florestas e na ajuda financeira aos Estados mais pobres para lidarem com a mudança climática.

Trabalho

O Secretário-Geral afirmou que todos esses compromissos foram apoiados com promessas de cerca de US$ 30 bilhões, R$ 53 bilhões, para medidas de mitigação e adaptação nos países mais vulneráveis.

Ele notou também que as nações que estavam em posições periféricas no protocolo de Kyoto estão agora no centro da ação global contra as alterações climáticas.

Apresentação: Daniela Traldi, da Rádio ONU, em Nova York.