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Acnur preocupado com retorno involuntário de iraquianos BR

Acnur preocupado com retorno involuntário de iraquianos

Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados indicou que a segurança continua precária no país e que os iraquianos provenientes das regiões centrais em busca de asilo deveriam ser considerados como necessitados de ajuda internacional.

Daniela Traldi, da Rádio ONU em Nova York.

O porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Andrej Mahecic, disse nesta sexta-feira em coletiva de imprensa em Genebra que o Acnur está chocado e triste pelos recentes atentados e continuação da violência no Iraque.

Segundo Mahecic, apesar dos esforços das autoridades, a segurança continua precária, e por isso os países devem evitar o retorno forçado de iraquianos às províncias centrais consideradas inseguras, como Bagdá e Kirkuk.

Necessitados

Escritórios do Acnur relataram que o número de refugiados que voltam está superando os que chegam à região central pela primeira vez.

Orientações emitidas em abril citam que os iraquianos provenientes dessas áreas e que procuram asilo deveriam ser considerados como necessitados de ajuda internacional.

A agência da ONU declarou ser contra o retorno involuntário dessas pessoas até que haja uma melhora substancial na segurança e na situação dos direitos humanos no Iraque.

Proteção

Quanto aos habitantes das províncias ao norte e ao sul do país, o Acnur recomenda que a proteção da população seja avaliada com base em casos individuais.

Segundo agências de notícias pelo menos 127 pessoas morreram e mais de 448 ficaram feridas após cinco ataques a bomba na capital Bagdá na última terça-feira. As explosões ocorreram quase que simultaneamente. O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon chamou as ações de inaceitáveis.