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Promotor diz que Sudão não está a cooperar com TPI (Português África)

Promotor diz que Sudão não está a cooperar com TPI (Português África)

Luis Moreno Ocampo revelou que os recentes esforços do tribunal visam encorajar o Sudão a respeitar as suas responsabilidades como Estado membro da ONU, pondo cobro aos crimes e prendendo as pessoas indiciadas pelo TPI; órgão emitiu mandado de captura contra presidente Bashir em Março.

[caption id="attachment_165100" align="alignleft" width="175" caption="Luis Moreno OCampo"]

Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O promotor do Tribunal Penal Internacional, TPI, Luis Moreno Ocampo, disse esta sexta-feira que bombardeamentos indiscriminados, violações sexuais e outros crimes continuam a ocorrer em Darfur.

Falando durante uma reunião do Conselho de Segurança, ele notou que o governo do Sudão continua recusar qualquer cooperação com o seu escritório.

Crimes de Guerra

O TPI, que está sediado em Haia, na Holanda, emitiu um mandado de captura em Março contra o presidente Omar Al-Bashir por alegados crimes de guerra e contra a humanidade, na província de Darfur.

O governo sudanês reagiu ao indiciamento do seu líder com a expulsão de 13 ONGs internacionais que operavam no território.

Ao informar o conselho sobre os últimos desenvolvimentos no caso Bashir, Ocampo indicou que prosseguem os ataques contra civis em Darfur.

Ele afirmou que num incidente ocorrido a 25 de Novembro, milícias são referidas como tendo atacado duas aldeias no norte da província, capturando e espancando civis e pilhando propriedades.

Luis Moreno Ocampo revelou que os recentes esforços do tribunal visam encorajar o Sudão a respeitar as suas responsabilidades como Estado membro da ONU, pondo cobro aos crimes e prendendo as pessoas indiciadas pelo TPI.

Imunidade

Ele notou que o Omar Al-Bashir foi incapaz de viajar para certos países onde podia ser detido. Ocampo concluiu afirmando que o líder sudanês terá de enfrentar a justiça.

Segundo ele, qualquer líder que comete crimes tem de responder perante à justiça, já que o poder não garante imunidade.