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Mortalidade infantil aumenta 20% no Zimbábue BR

Mortalidade infantil aumenta 20% no Zimbábue

Indicadores sociais divulgados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, revelam que as principais causas de morte para crianças com menos de cinco anos são o HIV-Aids, pneumonia, diarreia e complicações no nascimento.

Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova York*.

Novos indicadores sociais divulgados nesta terça-feira pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, e pelo governo do Zimbábue, revelam um agravamento da situação de crianças e mulheres no país.

A pesquisa, realizada em maio, indica uma deterioração no acesso a muitos serviços sociais básicos, particularmente para as populações mais pobres em áreas rurais.

Agravamento

Segundo o representante da agência das Nações Unidas no país, Peter Salama, os dados do estudo sublinham as trágicas consequências resultantes do agravamento ocorrido em setores sociais nos últimos anos.

Ele disse que todos os dias 100 crianças com menos de cinco anos morrem no Zimbábue de doenças que poderiam ser evitadas.

O estudo mostra um aumento de 20% na mortalidade infantil desde 1990. Crianças em zonas rurais e entre a camada mais pobre da população são as mais vulneráveis.

As principais causas de morte para crianças com menos de cinco anos são o HIV-Aids, pneumonia, diarreia e complicações no nascimento.

Assistência

A pesquisa indica também que uma em cada duas mulheres grávidas em regiões rurais dão à luz em casa e que 39% das mães a nível nacional não têm acesso a infraestruturas médicas de assistência durante o parto.

O estudo visa obter informações estratégicas relevantes para ajudar na tomada de decisões sobre orçamentos e prioridades de desenvolvimento.

*Apresentação: Daniela Traldi, da Rádio ONU, em Nova York.