Unodc debate crime ambiental no leste da África
Ministros de todos os 13 países da região iniciaram esta segunda-feira uma reunião de dois dias em Nairobi para debaterem o assunto; o encontro vai também abortar temas como a corrupção, terrorismo, tráfico humano, reforma das prisões, pirataria e HIV-Sida.
Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O crime ambiental na região leste do continente africano está cada vez mais organizado e transnacional, à imagem do tráfico de drogas e de armas, ameaçando desorganizar sociedades e afectar o desenvolvimento sustentável.
A afirmação consta de uma nota do Escritório da ONU contra Drogas e Crime, Unodc, divulgada por ocasião de uma reunião ministerial que teve início esta segunda-feira, em Nairobi, Quénia, para debater o assunto.
Crescimento Económico
O encontro, que reune ministros de todas as 13 nações da área, vai também abortar temas como a corrupção, terrorismo, tráfico humano, reforma das prisões, pirataria e HIV-Sida.
Segundo a agência das Nações Unidas, a região é palco de uma fauna e flora extraordinárias, atraindo milhares de turistas que contribuem para o crescimento económico de alguns dos países mais pobres do mundo.
Infelizmente, muitas espécies protegidas estão a desaparecer rapidamente devido a alterações climáticas, à urbanização acelerada e ao comércio ilegal nas áreas de fauna e flora, e ao despejo de lixo tóxico.
Crimes ambientais incluem o abate ilegal de árvores nas florestas do Quénia, a venda de chifres de rinocerontes e de produtos derivados de marfim e o roubo transfronteiriço de cabeças de gado.
Comunidades Locais
Para o Unodc, o mais preocupante é que muitos desses crimes são efectuados por membros de comunidades locais, que se associam a redes nacionais e internacionais de crime organizado para exportarem esses produtos para o estrangeiro.
O órgão afirma que um dos maiores obstáculos no combate a essas actividades é a fraca implementação de leis e outros protocolos que foram adoptados em muitos países.