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Ban pede reforço da democracia na Guiné-Bissau

Ban pede reforço da democracia na Guiné-Bissau

No seu último relatório ao Conselho de Segurança, Ban Ki-moon disse estar encorajado com os preparativos para uma conferência nacional sobre as causas profundas da instabilidade no país.

Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, elogiou o povo, o governo, a Comissão Eleitoral e as forças de segurança da Guiné-Bissau pela sua conduta nas pacíficas e bem organizadas eleições presidenciais de Junho e Julho.

Num relatório enviado esta quinta-feira ao Conselho de Segurança, Ban afirma estar encorajado pelos preparativos em curso para a realização de uma conferência destinada a identificar as causas profundas do conflito e da instabilidade no país.

Impunidade

A votação presidencial, que elegeu Malam Bacai Sanhá, pôs fim a um período conturbado da história daquela nação da África Ocidental, marcado pelo assassinato de várias figuras políticas e militares, incluindo o antigo chefe de estado João Bernardo Vieira.

No relatório, o Secretário-Geral nota com satisfação a decisão do presidente Bacai Sanhá e do governo de investigarem os assassinatos de forma a combater a impunidade e promover a justiça e reconciliação nacional.

Ban Ki-moon pede às autoridades guineenses para reforçarem do processo democrático, a promoção dos direitos humanos e do estado de direito e satisfazerem as aspirações da população nas áreas da paz, segurança e desenvolvimento sócio-económico.

Ele conclui o relatório afirmando que a Guiné-Bissau tem uma oportunidade única à sua frente. Ban prometeu o apoio da ONU à consolidação da paz e pediu aos doadores para continuarem a ajudar o país