Unfpa quer fim de mortes no parto
Directora-executiva da agência da ONU disse que reunião de Addis Abeba tem um único objectivo: acelerar a tomada de medidas para melhorar a saúde materna e pôr termo ao sofrimento de mulheres através do mundo.
Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.
As mulheres continuam a morrer durante o parto e de consequências de abortos não seguros porque durante muitos anos as suas vidas, sonhos e direitos não tiveram a prioridade que merecem.
A afirmação foi feita nesta segunda-feira em Addis-Abeba, capital da Etiópia, pela directora executiva do Fundo da ONU para a População, Unfpa, Thoraya Obaid, durante uma reunião de alto nível sobre saúde materna e reprodutiva.
Desafios Morais
Obaid disse que a reunião de Addis-Abeba tem um único objectivo: acelerar a tomada de medidas para melhorar a saúde materna, pondo termo a mortes desnecessárias e ao sofrimento de mulheres através do mundo.
Ela afirmou que a mortalidade materna é um dos grandes desafios morais, de desenvolvimento e de direitos humanos desta geração. A directora-executiva do Unfpa indicou estar optimista em relação aos vários progressos feitos nestes últimos anos nessa área.
Entre os exemplos de sucesso, ela mencionou o caso do Ruanda onde o uso de métodos modernos anticoncepcionais triplicou nos últimos cinco anos.
Identidade Cultural
Obaid falou também da Bolívia, o país da América Latina com maior taxa de mortalidade materna. Ela afirmou que um novo programa de formação de parteiras, apoiado pela ONU, melhorou o tratamento de mulheres indígenas, respeitando ao mesmo tempo a sua identidade cultural.
A chefe do Unfpa disse ainda que projectos de sucesso estão a decorrer em Moçambique, Tanzânia e Etiópia. Ela concluiu afirmando que nenhuma mulher no mundo deveria morrer durante o parto ou devido a um aborto pouco seguro.