Conselho de Segurança debate relatório Goldstone
Lynn Pascoe disse que Ban Ki-moon defende o respeito da lei humanitária internacional e a proteção de civis em quaisquer circunstâncias e situações.
Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, tem apoiado a missão de inquérito do Juiz Richard Goldstone ao conflito em Gaza desde a sua criação e quer que israelitas e palestinianos realizem, sem atrasos, investigações internas credíveis sobre a conduta dos dois lados na guerra.
A afirmação foi feita esta quarta-feira pelo Subsecretário-geral das Nações Unidas para Assuntos Políticos, Lynn Pascoe, durante um debate do Conselho de Segurança sobre o Médio Oriente.
Crimes de Guerra
A reunião foi dominada por discussões sobre o relatório Goldstone que acusa tanto israelitas como grupos rebeldes palestinianos de terem praticado durante o conflito acções que podem representar crimes de guerra e contra a humanidade.
Pascoe indicou que é convicção de Ban Ki-moon que as leis humanitárias internacionais devem ser respeitadas e que civis precisam ser protegidos em quaisquer situações ou circunstâncias.
Na sua intervenção no debate, o ministro das Relações Exteriores da Autoridade Palestiniana, Riad Al Malki, realçou que os crimes cometidos por Israel e documentados no relatório do Juiz Goldstone mostram a gravidade dos abusos perpetrados contra o seu povo.
A embaixadora de Israel junto à ONU, Gabriela Shalev, descreveu o relatório de parcial e tendencioso. Ela disse que o documento favorece e legitima o terrorismo, além de negar ao seu país o direito de se defender.