Brasil pede regresso de Zelaya ao poder nas Honduras
Presidente Lula disse que sem vontade política, continuarão a proliferar golpes de estado como o que derrubou o presidente constitucional das Honduras, Manuel Zelaya; ele encontra-se refugiado na embaixada do Brasil, em Tegucigalpa, desde segunda-feira.
Pollyana de Moraes, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a pedir o regresso do presidente deposto Manuel Zelaya ao poder nas Honduras.
Lula falava esta quarta-feira na abertura do debate geral da 64ª sessão da Assembleia-Geral da ONU.
Vontade Política
Zelaya encontra-se refugiado na embaixada brasileira da capital hondurenha, Tegucigalpa.
"Sem vontade política, continuarão a proliferar golpes de estado como o que derrubou o presidente constitucional de Honduras, Manuel Zelaya, que se encontra desde segunda-feira refugiado na embaixada do Brasil em Tegucigalpa.
A comunidade internacional exige que Zelaya reassuma imediatamente a presidência de seu país e deve estar atenta à inviolabilidade da missão diplomática brasileira na capital hondurenha", disse.
O Brasil já pediu ao Conselho de Segurança que convoque uma reunião de emergência para tentar solucionar o impasse político no país e para garantir a segurança da embaixada e do presidente deposto.
Desafios Interligados
No seu discurso à Assembleia-Geral, o presidente Lula disse ainda que a crise económica, a necessidade de uma governação global e o combate às mudanças climáticas são desafios interligados.
"Os temas que estão no centro de nossas preocupações, a crise financeira, a nova governança mundial e a mudança de clima tem um forte denominador comum.
Ele aponta para a necessidade de construir uma nova ordem internacional sustentável, multilateral, menos assimétrica, livre de hegemonismos e dotada de instituições democráticas", disse.
O presidente Lula da Silva afirmou também que a história não perdoará o engano da geração actual em se preocupar mais com os impactos da crise financeira do que com suas causas.
*Apresentação: Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.