Ban pede eleições credíveis em Mianmar

Ban Ki-moon afirmou que o mais importante da sua recente visita a Mianmar não foi o que trouxe do país, mas o que deixou com as autoridades; ele falava esta segunda-feira ao Conselho de Segurança.

[caption id="attachment_166722" align="alignleft" width="175" caption="Ban Ki-moon"]

Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, descreveu a decisão das autoridades de Mianmar de recusar o seu pedido para um encontro com a líder da oposição, Aung San Suu Kyi, prêmio Nobel da Paz, como uma profunda decepção e uma oportunidade perdida.

Ban falava esta segunda-feira ao Conselho de Segurança sobre a sua visita àquele país asiático, nos dias 3 e 4 de Julho.

Diálogo

Ele disse que o mais importante não é do que trouxe de Mianmar mas o que deixou com as autoridades.

O Secretário-Geral disse aos membros do conselho que fez três propostas concretas durante os dois encontros que teve com o líder do regime birmanês, General Than Shwe: a libertação de todos os presos políticos, incluindo Suu Kyi, o início de um processo de diálogo entre o governo e a oposição e a criação de condições para a realização de eleições credíveis em 2010.

Ban afirmou que prometeu ao governo o apoio das Nações Unidas nessas três áreas.

Eleições

Ele indicou que recebeu a promessa do general Shew de que as eleições do próximo ano serão livres e transparentes.

Ban Ki-moon disse que o povo de Mianmar será a principal vítima de uma potencial decisão do seu governo de não cooperar com a ONU e com a comunidade internacional.