Ban pede a Honduras para proteger população
Secretário-Geral lembrou que as pessoas tem o direito de reunião pacífica sem serem intimidadas; ele comentava a ocorrência de mortes após a decisão do governo hondurenho de não permitir o retorno do presidente Zelaya Rosales ao país.
Marco Alfaro, da Rádio ONU em Nova York.
O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, lamentou nesta segunda-feira, em Genebra, na Suíça, a decisão do atual governo de Honduras de não permitir o retorno, no domingo, do presidente Jose Manuel Zelaya Rosales.
Segundo agências de notícias, partidários de Zelaya Rosales esperavam o presidente no aeroporto de Tegucigalpa e entraram em confronto com tropas do atual governo hondurenho resultando em pelo menos duas mortes.
Direito Constitucional
O Secretário-Geral lembrou que todos os países devem proteger a vida da população e que as pessoas tem o direito de reunião pacífica sem sofrerem intimidação ou uso da força.
Ban disse que a legitimidade eleitoral é um princípio fundamental da democracia. Ele afirmou que quando um líder é eleito, através de um processo constitucional, o mandato dele deve ser protegido. Indicou ainda que qualquer mudança inconstitucional é inaceitável.
O Secretário-Geral também agradeceu os esforços da Organização dos Estados Americanos, OEA, de buscar uma solução pacífica para a crise em Honduras e de restaurar a ordem constitucional naquele país.
Após ter o pouso negado, Zelaya Rosales viajou para El Salvador e nesta segunda-feira deverá ter um encontro com os presidentes do Equador, Argentina, Paraguai e com o chefe da Organização dos Estados Americanos, OEA.