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ONU apela ao reforço do combate à discriminação

ONU apela ao reforço do combate à discriminação

Navi Pillay alertou para o impacto das crises alimentar e financeira sobre os grupos mais vulneráveis das sociedades; ela apresentava o seu relatório anual ao Conselho de Direitos Humanos.

Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, disse que o combate à impunidade, racismo e todas as formas de discriminação contra mulheres, povos indígenas, migrantes e outros grupos vulneráveis eram as principais prioridades do seu departamento.

Pillay apresentava esta quinta-feira, em Genebra, o seu relatório anual ao Conselho de Direitos Humanos.

Migrantes

A Alta Comissária alertou para o impacto das crises alimentar e financeira sobre os indíviduos e grupos mais vulneráveis da sociedade, afirmando que o aumento da xenofobia e sentimentos anti-migrantes iria afectar os direitos dos trabalhadores migrantes e membros das suas famílias.

Ela disse também que a discriminação contra mulheres provocava a violência que já tinha atingido proporções epidémicas.

O relatório notou progressos significativos nos esforços internacionais para apoiar os direitos dos povos indígenas. Pillay disse, contudo, que era crucial que os estados incorporássem nos seus sistemas legais a recente Declaração da ONU sobre os Direitos dos Povos Indígenas.

Genocídio

A Alta Comissária falou de avanços no combate à impunidade e genocídios. Ela disse que como antiga presidente do Tribunal Internacional para o Ruanda, tinha compreendido em primeira mão, como o ódio pode causar genocídos.

Pillay disse que a comunidade internacional deveria estudar melhor as causas de genocídios, para evitar a sua repetição no futuro. Ela revelou que o seu departamento tinha organizado um seminário com especialistas em prevenção de genocídios e que as conclusões das suas discussões seriam publicadas em breve.