Unesco condena morte de jornalista queniano
O corpo decapitado de Francis Nyaruri foi encontrado no dia 29 de Janeiro numa floresta a oeste do Quénia. Ele escrevia artigos sobre corrupção para um publicação independente.
Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O director-geral da Organização da ONU para a Educação, Ciência e Cultura, Unesco, Koïchiro Matsuura, condenou o assassinato do jornalista queniano Francis Nyaruri, apelando a um inquérito sobre as circunstâncias da sua morte.
Matsuura disse que uma investigação e posterior condenação dos responsáveis contribuiria para o aprofundamento da democracia e boa governação no Quénia. Ele afirmou que jornalistas como Nyaruri realizavam reportagens importantes e controversas que contribuiam para alimentar o debate e o processo democrático.
Ameaças
O corpo decapitado de Franci Nyaruri foi encontrado no dia 29 de Janeiro numa floresta no oeste do Quénia. Ele escrevia artigos sobre questões ligadas à polícia e à corrpução para a publicação independente "Weekly Citizen", sob o pseudónimo de Mong"are Mokua.
O Comité para a Protecção de Jornalistas, CPJ, revelou que Nyaruri, que esteve desaparecido desde 15 de Janeiro, disse a colegas que tinha recebido ameaças. Ele é o segundo jornalista assassinado no Quénia nos últimos 12 meses.
A Unesco é o único órgão das Nações Unidas com um mandato para defender a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa.