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Quénia vai receber mais refugiados somalis

Quénia vai receber mais refugiados somalis

A construção de um novo campo no nordeste do país irá reduzir a pressão sobre Dadaad, onde vivem 250 mil refugiados somalis.

Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O governo queniano concordou em conceder uma área de cerca de 2 mil hectares no nordeste do país para acomodar um número crescente de refugiados somalis que continua a fugir para o Quénia, revelou o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados, Acnur.

O novo campo a ser construído no terreno oferecido pelo governo de Nairobi irá ajudar a reduzir a pressão sobre o campo de Dadaad, o maior campo de refugiados no mundo.

Daddad, que inicialmente deveria acomodar 90 mil pessoas, tem agora uma população de 250 mil refugiados somalis.

Refugiados

O porta-voz do Acnur, William Spindler, disse à Rádio ONU, de Genebra, que a agência das Nações Unidas saudava a decisão do governo do Quénia.

"Estamos muito contentes com a decisão do governo queniano de conceder 2 mil hectares de terra no distrito de Garissa, localidade de Fafi, perto de Dadaab, que vai acomodar umas 50 mil pessoas e isto vai ajudar a resolver o problema de congestionamento no campo de Dadaab. Cada dia tem um número crescente de refugiados que foge do conflito que continua a escalar dentro da Somália", explicou.

A Somália, no leste da África, está sem um governo efectivo desde 1991, quando o ex-presidente Mohamed Siad Barre deixou o poder.

Cerca de 3,2 milhões de pessoas, o equivalente a mais de 40% da população precisam de ajuda humanitária para sobreviver.