Somália deve marcar eleições, diz ONU
Representante especial no país, Ahmedou Ould-Abdallah (foto), disse após saída das tropas etíopes de Mogadíscio que país precisa assegurar paz e estabilidade.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
As Nações Unidas declararam, nesta terça-feira, que a Somália deve realizar eleições presidenciais o mais rápido possível.
O país está sem um governo efetivo desde que o ex-presidente Mohamed Siad Barre deixou o poder em 1991.
Facções
O comentário foi feito pelo representante especial de Ban Ki-moon, na Somália, Ahmedou Ould-Abdallah, após a retirada de tropas etíopes da capital somali, Mogadíscio.
Os militares etíopes haviam entrado na Somália para prestar apoio ao governo, que enfrentava na época a resistência de grupos rebeldes.
Nesta terça-feira, Ould-Abdallah pediu às facções locais que assegurem a paz e a estabilidade no país africano.
O representante da ONU na Somália disse ainda que após a promessa da Etiópia de retirar as tropas, numa carta a Ban Ki-moon, em novembro passado, a situação agora é totalmente favorável aos somalis, principalmente àqueles que disseram estar lutando apenas contra as forças etíopes para por fim à violência.
União Nacional
Ould-Abdallah disse que é necessário eleger um presidente que seja capaz de trabalhar com o porta-voz do Parlamento e outros políticos na formação de um governo de união nacional, nas próximas semanas.
Nos últimos 17 anos, a Somália tem sofrido com conflitos, catástrofes humanitárias, desastres naturais, secas e crises econômicas severas. Segundo a ONU, pelo menos 43% das população precisam de ajuda para sobreviver e 25% sofrem de má nutrição aguda.