OIM junta-se ao combate à cólera no Zimbabué
Organização que acompanha as migrações está a actuar em Moçambique e noutros países vizinhos do Zimbabué, para evitar que o surto se espalhe na região
João Rosário, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Moçambique é um dos países onde a Organização Internacional para Migrações, OIM, está a desenvolver acções para prevenir o alastramento da epidemia de cólera que se regista no Zimbabué.
A doença já matou mais de 1,1 mil pessoas no Zimbabué, e mais de 20,5 mil estão infectadas.
Acção OIM
De acordo com a ONU, além de actuar em Moçambique, a OIM está a distribuir água potável, desinfectantes e outros produtos para estancar a progressão da cólera em países como a África do Sul, Botsuana e Zâmbia.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, revelou que há pelo menos 8 mil infectados com a doença em Moçambique. A OMS suspeita que muitas das infecções tenham a ver com o surto de cólera no vizinho Zimbabué.
Segundo a OMS, há também registo de 10 mil infecções de cólera em Angola.
O embaixador de Angola nas Nações Unidas, Ismael Martins, em entrevista à Rádio ONU, disse que o governo do seu país tem uma colaboração estreita com a OMS na região.
Soluções
“O problema da cólera surge na fase das chuvas com a falta de saneamento básico. Não há uma actuação tão efect iva por parte das nossas autoridades administrativas locais e a acomulação dá lugar à cólera. Temos uma relação boa com a OMS e pensamos que vamos tomar as medidas. O nosso Ministério da Saúde e as administrações locais estão empenhadas em encontrar soluções para o problema da cólera”, disse
De acordo com a ONU, a Cruz Vermelha Internacional está a proceder à desinfecção das casas de muitos zimbabueanos, em colaboração com dois hospitais do país.
Além da acção porta a porta, as equipas médicas da Cruz Vermelha estarão a ensinar as populações dos suburbios de Harare, capital do Zimbabué, sobre as melhores formas de evitarem a infecção.