Acnur acessa Gori pela primeira vez desde conflito (Português para o Brasil)

Cidade mais próxima da Ossétia do Sul está servindo como zona-tampão para os que fugiram da violência na Geórgia.

Cátia Marinheiro, Rádio ONU em Nova York.*

O Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, informou que suas equipes de ajuda humanitária conseguiram entrar em Gori, a cidade mais próxima da Ossétia do Sul que está servindo de zona-tampão, na Geórgia.

Foi a primeira vez que uma missão humanitária conseguiu chegar ao local, que abriga milhares de deslocados internos pelo conflito entre a região separatista e as forças georgianas.

Escolas

O porta-voz do Acnur, William Spindler, disse à Rádio ONU, de Genebra, que a situação é um pouco melhor após o regresso de muitos deslocados à casa. O estado das escolas também é bom, a maioria dos prédios foi poupada pelos bombardeios.

"Algumas escolas foram afetadas, mas a maioria não sofreu dados, mas alguns materiais educativos foram roubados. A grande maioria das crianças não retornou e as escolas continuam fechadas", explicou.

Spindler disse ainda que a população enfrenta vários problemas, como a falta de acesso a gás e serviços de saúde.

FMI

"Temos um escritório na cidade de Gori que permite o acesso a esta região. Estamos a iniciar um programa para proporcionar abrigo às pessoas que não têm vivendas. Estamos também a colaborar com outras agências humanitárias para assegurar que essas pessoas têm acesso a serviços básicos, como saúde, educação e alimentos", disse.

Desde o início do conflito em 7 de agosto, 192 mil pessoas foram forçadas a deixar suas casas.

O Fundo Monetário Internacional, FMI, aprovou, nesta terça-feira, um financiamento de cerca de US$ 750 milhões, o equivalente a R$ 1,3 bilhão, para apoiar a Geórgia a minimizar os efeitos dos prejuízos econômicos causados pelo conflito.

Apresentação*: Eduardo Costa, Rádio ONU em Nova York.