Ramos-Horta pede paz no retorno ao Timor-Leste (Português para o Brasil)
Presidente (foto) volta a Díli após atentado de fevereiro; ele diz que violência já custou vidas e pede rendição de líder rebelde.
Mônica Villela Grayley, Rádio ONU em Nova York.
A Missão Integrada das Nações Unidas no Timor Leste, Unmit, participou nesta quinta-feira da cerimônia em homenagem ao regresso do presidente José Ramos-Horta ao país.
O representante especial da ONU no Timor, Atul Khare, cumprimentou Ramos-Horta ainda no aeroporto, e elogiou a determinação do líder timorense em retomar o trabalho.
Ramos-Horta foi vítima de um atentado, praticado por soldados rebeldes, em 11 de fevereiro.
No retorno após quase dois meses de recuperação na Austrália, ele pediu o fim da violência e a rendição do líder rebelde, conhecido como “Salsinha”.
“Eu faço um apelo a ele, Gastão Salsinha. Deixe de aventuras porque a vossa aventura, irresponsabilidade, de não me ouvirem ao longo de meses já custou vidas. Entregue-se ao pároco em Gleno ou Maubisse. Confio totalmente nesta Igreja secular que nós temos. A Igreja saberá como contatar as autoridades para se entregar à Justiça”, afirmou.
Antes de chegar à casa, Ramos-Horta foi ao Parlamento para reassumir as funções presidenciais. Ele agradeceu ao interino, Fernando Lasama.
“Eu queria saudar o presidente interino, Fernando Lasama, por ter assumido as responsabilidades da presidência num momento extremamente crítico para o país”, disse.
Segundo a polícia timorense, vários soldados rebeldes envolvidos no atentado continuam foragidos.
O presidente timorense, que é também Prêmio Nobel da Paz, foi atacado por homens armados no dia 11 de fevereiro. No mesmo dia o primeiro-ministro Xanana Gusmão também foi vítima de um atentado e escapou ileso.