Arbour sublinha falta de progresso contra a discriminação racial (Português para a África)
Alta Comissária da ONU (foto) diz que leis nacionais para eliminar o racismo são inadequadas e insuficientes em muitos países.
Cadija Tissiani, Rádio ONU em Nova York*.
A Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Louise Arbour, afirmou que o esforço global para eliminar a discriminação racial não tem avançado como deveria.
Ela atribuiu o pouco progresso ao facto dos governos não reconhecerem a existência do fenómeno do racismo.
Em discurso durante a primeira reunião preparatória para a 2ª Conferência Mundial contra o Racismo, Arbour destacou que as leis nacionais para assegurar o fim da discriminação racial são inadequadas e insuficientes em muitos países.
Como consequência, os grupos vulneráveis continuam a sofrer agressões e injustiças.
Racismo
A segunda edição da Conferência Mundial contra o Racismo, marcada para o próximo ano, em Durban, na África do Sul, vai rever os progressos alcançados na implementação da declaração adoptada na Conferência de 2001.
A revisão do processo vai ajudar a identificar medidas concretas e iniciativas para combater e eliminar o problema.
Segundo Louise Arbour, o evento será uma oportunidade para governos, sociedade civil e Nações Unidas renovarem a sua determinação e empenho na luta contra o racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância relacionada.
O Alta Comissária enfatizou também a necessidade de uma nova dinâmica para eliminar a discriminação racial. Ela acrescentou que a aplicação efectiva dos direitos de igualdade e não discriminação devem ser responsabilidade dos Estados.
A ronda de reuniões do Comité Preparatório para a Conferência de 2009 foi aberta na segunda-feira, em Genebra.
Apresentação*: João Duarte, Rádio ONU em Nova York.