É preciso intensificar a luta contra a malária, diz Ban (Português para África)
Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon afirma que mais de 1 milhão morre todos os anos; África Subsaariana é a região mais atingida.
João Duarte, Rádio ONU em Nova York.
As Nações Unidas assinalam esta sexta-feira o dia mundial da malária.
É a primeira vez que a ONU assinala a data instituída no ano passado durante a 60ª sessão da Assembleia Mundial da Saúde.
Na sua mensagem, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, afirma que é preciso intensificar a luta contra esta doença que nos países onde é mais grave chega a consumir 40% do orçamento para a saúde.
Segundo dados avançados pela Organização Mundial da Saúde, OMS, todos os anos mais de 500 milhões de pessoas são infectadas pelo vírus.
De acordo com a OMS, a região mais afectada é a África subsaariana. No entanto, a malária constitui uma ameaça igualmente na Ásia, América Latina, Médio Oriente e mesmo partes da Europa.
Brasil
O presidente da Fundação brasileira Osvaldo Cruz, o médico Paulo Buss, disse à Rádio ONU, do Rio de Janeiro, que o Brasil está empenhado neste desafio.
“Nós mesmos através do programa de cooperação do Brasil com a África, vamos tratar de negociar com os países, principalmente da CPLP, países africanos de língua portuguesa, mas também com os demais países que têm taxas altas de malária por falsíparo, a assistência do Brasil para esse tratamento em África”, disse.
Prevenção
Esta quarta-feira, as Nações Unidas juntaram-se a líderes religiosos, empresariais e desportistas lançando uma iniciativa que vai enviar redes mosquiteiras para África.
De acordo com os dados mais recentes avançados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, as crianças correm riscos agravados. Do milhão de mortos anuais, cerca de 800 mil são crianças com menos de cinco anos de idade.