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ONU sugere rigor contra usuários de drogas famosos

ONU sugere rigor contra usuários de drogas famosos

Apelo faz parte do estudo do Conselho Internacional de Controle de Narcóticos 2007, divulgado em Viena, na Áustria.

Helder Gomes, da Rádio ONU em Nova York.

Um relatório do Conselho Director Internacional de Controle de Narcóticos pediu a governos e autoridades de todo o mundo menos complacência com pessoas famosas, que cometem crimes relacionados ao uso de drogas.

O estudo foi divulgado nesta quarta-feira, em Viena, na Áustria pelo presidente do conselho, Philip Emafo.

Narcotraficantes

Segundo o documento, através da mídia, as chamadas celebridades podem influenciar o público principalmente os mais jovens com a promoção de comportamentos favoráveis ao uso de drogas.

De acordo com o representante do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime no Brasil, Giovanni Quaglia, muitos jovens lançam mão da droga por mera questão de imitação.

"Isto também reflecte no modelo que o jovem tem. Se este modelo pode usar drogas e nada passa com eles, também eu vou fazer o mesmo. O perigo está nisto, na questão de valores e de seguir modelos de pessoas famosas", disse.

O relatório ressalta que vários governos estão dedicando muita atenção aos consumidores e pequenos traficantes, e deixando de combater, com a mesma intensidade, grandes grupos de narcotraficantes.

África

De acordo com o estudo, houve aumento de utilização de drogas nos países de África Ocidental, entre eles Guiné-Bissau e Cabo Verde. Segundo o documento, os dois seriam áreas de trânsito de drogas da América Latina para a Europa.

O Escritório da ONU contra Drogas e Crime, Unodc, afirma que os recursos do narcotráfico estão financiando o terrorismo e contribuindo para mais um desastre na África, que se junta aos problemas da pobreza e desemprego.

Ópio

Para o Conselho Directivo Internacional de Controle dos Narcóticos a produção de ópio no Afeganistão pode ter contribuído para o aumento do consumo de drogas na região asiática e em nível global.

Segundo as Nações Unidas o Afeganistão produz mais de 90% do ópio consumido em nível mundial.