Aiea debate rejeitos da energia nuclear
Reunião, apoiada pela agência da ONU, junta 2 mil especialistas para discutir medidas de segurança nuclear.
Marco Alfaro, da Rádio ONU em Nova York.
A Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, está participando da 34˚ Conferência sobre Gerenciamento de Resíduos Nucleares, WM 2008, que acontecerá até quinta-feira, em Phoenix, no Arizona.
A WM 2008 reúne 2 mil especialistas, educadores e líderes políticos de 40 países para discutir a reabilitação ambiental, combustíveis e segurança atômica, entre outros.
A Aiea apoiou a presença dos países em desenvolvimento no evento, incluindo o Brasil, Cuba, Tanzânia e África do Sul.
Material radioativo
Os participantes vão debater ainda a classificação padronizada dos rejeitos nucleares de acordo com o nível de atividade.
A diretora da divisão de transporte e segurança de material radioativo da Aiea, Eliana Amaral, falou à Rádio ONU, de Viena, na Aústria, sobre a importância de encontros como a WM 2008.
"A idéia é tentar ter um sistema global e uniforme de segurança, em relação não só a resíduos mas a todas as áreas de uso da radiação. E isso é feito envolvendo representantes dos países. Às vezes, é um facilitador do desenvolvimento dos 'standards' e também promove sua aplicação", disse.
Apoio técnico
Eliana Amaral disse que além de apoiar convenções mundiais, a agência nuclear da ONU também auxilia os países que pedem apoio técnico.
"Dessa convenção, que tem 45 membros, fazem parte principalmente países desenvolvidos mas também países que estão em desenvolvimento como o Brasil. Além desse trabalho facilitador que a agência tem com as reuniões da convenção, que ocorrem de três em três anos, a agência está organizando reuniões regionais para tentar ajudar os países de uma mesma região a encontrar soluções para seu problema de resíduos", disse.
Uma das sessões da Convenção será dedicada as medidas de segurança promovidas pelo Fundo de Segurança Nuclear, NSF, e ao aumento do orçamento do programa de segurança nuclear da Aiea.
O encontro servirá também para arrecadar fundos destinados a apoiar a educação nuclear nas universidades.