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OMS preocupada com saúde no Quênia BR

OMS preocupada com saúde no Quênia

Diretora-geral da agência, Margaret Chan (foto), disse que violência está prejudicando programas sobre HIV/Aids, tuberculose e malária; protestos contra reeleição do presidente Mwai Kibaki mataram mais de 500 pessoas.

A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, disse que o Quênia precisa de ajuda urgente.

Chan afirmou que está preocupada, principalmente, com áreas onde a ajuda é necessária para garantir a continuidade de serviços de saúde e programas de HIV/Aids, malária, tuberculose e outras doenças.

Acampamento

Segundo agências de notícias, pelo menos 30 pessoas morreram em conflitos neste final de semana.

A situação mais grave foi registrada na província do Vale do Rift, no leste do Quênia. Mais de 20 das vitimas fatais teriam sido atingidas num acampamento de refugiados.

Antes do incidente, o estudante angolano José Quintas, contou à Rádio ONU, de Nairóbi, que a insegurança está se tornando parte do cotidiano.

"A situação é um pouco imprevisível. Não se pode ir muito longe porque não se sabe o que pode acontecer. O grupo que faz a violência geralmente é formado por aqueles que estão contra o presidente eleito. Eles fazem manifestações, roubam, assaltam e queimam casas. É uma situação muito triste", disse.

Os conflitos começaram depois do resultado das eleições presidenciais que deram vitória ao candidato Mwai Kibaki.

A oposição, liderada pelo também candidato Raila Odinga, contestou a decisão do pleito, trazendo à tona diferenças e rivalidades entre tribos. Kibaki pertence à etnia Kikuyu, e Odinga, à Luo.

Desde o fim de dezembro, mais de 500 pessoas já morreram e 250 mil estão desabrigadas por causa dos choques.