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Ban diz que violência no Quénia é inaceitável

Ban diz que violência no Quénia é inaceitável

Pelo menos 800 pessoas morreram devido a protestos contra reeleição do presidente Mwai Kibaki.

Ban fez essas declarações, nesta terça-feira, durante uma visita ao Ruanda, na África.

Pelo menos 800 pessoas já morreram e mais de 250 mil foram obrigadas a deixar suas casas devido aos protestos contra a reeleição do presidente Mwai Kibaki.

Mediação

O Secretário-Geral expressou apoio aos esforços de mediação que vêm sendo desenvolvidos pelo ex-secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan.

Ainda nesta terça-feira, o presidente Mwai Kibaki e o líder da oposição Raila Odinga se reuniram em Nairobi, capital do país, sob a mediação de Kofi Annan.

De acordo com agências de notícias, na segunda-feira, um deputado do partido da oposição e outras quatro pessoas morreram em um incidente que ainda está a ser investigado.

Confrontos

O Escritório da ONU para Assistência Humanitária, Ocha, revelou que pelo menos 32 pessoas morreram desde domingo devido a confrontos principalmente nas cidades de Naivasha e Nakuru, no oeste do país.

O representante do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Nilvo Silva, disse à Rádio ONU, de Nairobi, que os problemas no Vale do Rift têm raízes históricas.

"São regiões onde há tensões históricas por distribuição de terras, por acesso aos recursos naturais. Não são tensões que surgiram agora durante a campanha eleitoral", disse.

Nilvo Silva disse que é difícil prever como evoluirá a situação.

"É em todo o Vale do Rift que as tensões são mais fortes. Em Nairobi, como no resto do país, não são todas as áreas. Na capital, o abastecimento de energia elétrica sempre esteve normal durante toda a crise. São áreas específicas onde a crise se manifesta. Agora, é difícil compreender a situação e é difícil prever. É evidente que todos nós aqui esperamos que ela se resolva logo, que as mortes parem no país e que se busquem soluções pacíficas e negociadas", disse.

Cimeira

O Secretário-Geral da ONU informou que discutirá a situação no Quénia com os líderes africanos em Addis Abeba, na Etiópia onde na quinta-feira começa a Cimeira da União Africana.

Ban disse que já conversou sobre a situação no país com o presidente Mwai Kibaki e com o líder da oposição, Raila Odinga.