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Assembléia Geral debate mundo para crianças (Português para o Brasil)

Assembléia Geral debate mundo para crianças (Português para o Brasil)

Evento ouviu delegados mirins de várias partes do mundo; representante da Namíbia (foto) disse que menores querem “não só ouvidos, mas corações” dos adultos.

Mônica Valéria Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

A Assembléia Geral da ONU encerrou nesta quarta-feira um evento de dois dias sobre as preocupações das crianças com os problemas do mundo.

O debate focalizou ainda o progresso da Sessão Especial sobre Crianças, realizada em 2002.

Falando em nome de cerca de 90 delegados mirins, Longeni Matsi, de 14 anos, da Namíbia, disse que os menores não querem obter apenas os ouvidos dos adultos, mas seus corações.

Diferença

A representante de Portugal, Rita Sobral, disse como as crianças podem fazer a diferença.

“As crianças podem participar como nós estamos a fazer aqui, ao pé dos governos. Enquanto os governos estão a discutir algumas resoluções, algumas políticas, as crianças ajudarem. As crianças têm de saber quais são os seus direitos, quais são os seus deveres, não sabem. Nós, que somos privilegiados em estar aqui nesta conferência, temos também que servir como um instrumento de, ao chegarmos aos nossos países, conseguir criar um ambiente em que as crianças se sintam integradas, perceberem que elas também podem fazer a diferença”, disse.

Rita Sobral disse que sua primeira visita à sede da ONU é apenas o primeiro passo de uma carreira que ela pretende dedicar à política internacional.

“Com certeza, continuar a ser ativa, não sei se em política portuguesa diretamente ou se mais em política internacional. Vir a continuar a manter contato com o Unicef, com as Nações Unidas. Continuar a trabalhar em programas de crianças, em programas de ambiente, de todas as formas possíveis para um dia talvez acabar aqui”, disse.

O plano da sessão de 2002 prevê a criação de um mundo apropriado a crianças.

A diretora-executiva do Unicef, Ann Veneman, explicou que a iniciativa promove saúde, educação de qualidade, proteção contra violência e combate ao HIV/Aids, entre outros.