Conselho de Segurança debate contribuição de tropas ao Haiti

O Conselho de Segurança reuniu-se em Nova York com países-contribuintes de tropas à Missão de Estabilização da ONU no Haiti, Minustah.

A Minustah é liderada pelo Brasil e tem no comando o general Carlos Alberto dos Santos Cruz.

Segundo a mídia haitiana, Chile e Argentina já teriam reafirmado seu compromisso em continuar colaborando com a missão da ONU.

Nesta entrevista à Rádio ONU, no fim do mês passado, a embaixadora do Brasil na ONU, Maria Luiza Ribeiro Viotti, disse que o Minustah tem conseguido progressos e falou sobre a importância da continuidade da missão.

"Uma presença continuada, das Naçõs Unidas, da força de paz, é necessária para que o Haiti possa tornar sustentáveis estes ganhos que têm sido obtidos em matéria de estabilidade. E de forma a permitir também que estes ganhos na estabilidade se transfiram para uma situação que permita a reconstrução do país e a retomada do seu desenvolvimento", contou.

Uma das tarefas da Minustah é ajudar na reconstrução da força policial haitiana. Em agosto, milhares de mulheres se inscreveram para ingressar na polícia. O vice-representante de Ban Ki-moon, no Haiti, o brasileiro Luis Carlos da Costa disse que a presença feminina tem feito diferença não só na polícia mas em outras áreas da vida haitiana.

"As mulheres, não só neste país, mas em países em conflito, já demonstraram a importância da sua participação para a normalização de uma situação pós-conflito. Nós gostaríamos de ver um maior número de mulheres em posições de decisão e estamos trabalhando junto com o governo para alcançar este objetivo", contou.

Antes do fim do mês, o conselho deve votar a renovação do mandato da Minustah por mais 12 meses.