Timor-Leste elege Prêmio Nobel da Paz para presidência do país
O primeiro-ministro do Timor-Leste e Prêmio Nobel da Paz, José Ramos-Horta, foi eleito presidente do país com cerca de 70% dos votos. Ramos-Horta venceu o presidente do Parlamento, Francisco Lu-Olo Guterres, da Frente Revolucionária pela Independência do Timor-Leste, Fretilin.
Falando em inglês, o novo presidente afirmou que, como membro-fundador da Fretilin, ele garante ao partido que continuará colaborando com todos.
Segundo Horta, os vencedores das eleições foram o povo e a democracia.
O novo presidente elogiou os timorenses pelo que ele chamou de bom comportamento numa votação sem incidentes violentos.
As eleições receberam o apoio logístico da Missão Integrada das Nações Unidas no Timor-Leste, Unmit.
O país foi patrulhado por mais de 1,7 mil homens da Unpol, a polícia da ONU. O pleito também foi acompanhado por observadores internacionais. Um deles, o embaixador de Moçambique em Díli, Geraldo António Chirinza, disse o que espera do novo líder timorense.
“Eu acredito que o povo timorense quer restaurar a paz a estabilidade e sobretudo iniciar o seu desenvolvimento. Acredito bem como os meus colegas da Cplp que esse vai ser o cenário que vamos ver ao longo do dia dois e sobretudo vai ser um cenário de calma de tranqüilidade dos timorenses.
Todos nós esperamos isso, ver o seu desenvolvimento”, afirmou.
O Timor-Leste, no sudeste da Ásia, foi anexado pela Indonésia na década de 1970, e se tornou independente após um referendo das Nações Unidas.