OMS afirma que nove de cada 10 mortes por malária ocorrem na África
A Organização Mundial da Saúde, OMS, marcou nesta quarta-feira o Dia da malária na África, com um alerta sobre o número de mortes causadas pela doença. Segundo a OMS, cerca de 1 milhão de pessoas morrem todos os anos por causa da malária que afeta 300 milhões em todo o mundo.
De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, as crianças africanas são as mais atingidas. A cada 30 segundos morre, um menor morre no continente por causa da malária também chamada de paludismo.
O representante da OMS em Moçambique, Benzerroug El Hadi, em entrevista à Rádio ONU, de Maputo, disse que a malária é responsável por 30% a 40% da mortalidade infantil no país.
“Em relação ao caso de Moçambique, nós podemos dizer que, para crianças, 30 a 40% dos mortos são ligados à malaria. Então, o problema é muito serio. Moçambique é um país onde OMS está tomando decisões estratégicas, e beneficiando-se de um apoio de muitos parceiros, como o Banco Mundial, o Fundo Global, o Unicef e muitos outros, e está coordenando melhor os nossos esforços no terreno”.
El Hadi acrescentou que Moçambique precisa de cerca de 10 milhões de mosquiteiros para enfrentar a doença. O representante da OMS falou sobre outras medidas de combate à malária.
“Nós não temos todos os recursos que precisamos para enfrentar essa doença, precisamos de muito mais. Temos que investir em recursos humanos, em logística, em coordenação, nas capacidades regionais e nacionais, porque a malaria é um problema sério que precisa de um trabalho bem organizado e é possível curar a malaria”, disse.
As Nações Unidas estão promovendo programas dirigidos a 80% das populações das áreas afetadas através da distribuição de mosquiteiros impregnados com inseticidas, entre outras medidas de prevenção.