ONU pede medidas concretas no combate à violência contra mulheres
O Secretário-Geral da ONU Ban Ki-moon defendeu, nesta quinta-feira, a necessidade de mais actuação internacional no combate à violência contra mulheres.
Ban Ki-moon disse que chegou o momento de se concentrar em medidas concretas para combater e acabar com a pandemia que é a violência contra mulheres.
O Secretário-Geral destacou que esta luta envolve a todos: países-membros e funcionários da ONU, sociedade civil e indivíduos.
O Alto Comissariado para dos Direitos Humanos da ONU considera as agressões contra mulheres como os crimes mais comuns e menos punidos no mundo.
O Organização Mundial de Saúde, OMS, constata que entre 23 e 49% das mulheres sofrem alguma forma de violência doméstica, em 71 países investigados.
A representante da Comissão para a Igualdade e os Direitos das Mulheres, de Portugal, Joana Vieira da Silva, falou à Rádio ONU sobre algumas das dificuldades para combater a violência contra mulheres.
“Há grandes obstáculos para que as vítimas consigam apresentar as suas queixas. E estas dificuldades são muitas vezes acrescidas pelo facto das forças policiais e judiciais não estarem preparadas a nível de magistratura. Muitas vezes o nosso pessoal judicial também não está sensibilizado. Todos esses obstáculos acabam por se reflectir nas estatísticas”.
As Nações Unidas celebram o Dia Internacional da Mulher nesta quinta-feira.