Produtores do tabaco discutem alternativas
Cerca de 100 representantes de países produtores de tabaco estão reunidos em Brasília numa conferência internacional para debater alternativas à plantação de tabaco no mundo.
“A maior parte dos produtores gostaria de plantar outra coisa. Só que eles precisam de uma cultura que mantenha pelo menos o nível de vida que têm com um rendimento que seja sustentável. Eles precisam de um mercado assegurado para colocar seus produtos. Os produtores são bastante sensíveis, principalmente o grupo de pequenos fumicultores que se sentem muito lesados pela relação que eles têm com a indústria do tabaco”, explicou Costa e Silva.
O Brasil, segundo maior produtor e exportador de tabaco, é um dos 144 países que ratificaram a chamada Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco.
Costa e Silva afirma que o consumo de cigarro no Brasil caiu nos últimos 20 anos devido a campanhas contra o fumo.
Segundo a consultora da Opas, o consumo de tabaco deve ser interpretado como uma doença grave.
“É uma dependência causada pela nicotina que tem um código de doença na classificação da Organização Mundial da Saúde. Ter o estímulo social, comportamento do grupo favorecendo o fumo são importantes para a iniciação, mas depois que a pessoa cria a necessidade, ela fuma porque é dependente e precisa procurar o cigarro quando sofre abstinência. O fumante desenvolve esse tolerância, que é uma característa das drogas que causam dependência”, disse.
A conferência internacional da Opas em Brasília deve terminar nesta quarta-feira.