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O futuro da Internet

O futuro da Internet

Cerca de 1,2 mil pessoas se reuniram em Atenas, na Grécia, para participar do Fórum de Governança da Internet, FGI. No encontro foram discutidas formas de formas de oferecer mais acesso, segurança e diversidade para quem usa a rede mundial de computadores.~A Rádio ONU conversou com o assessor da diretoria da Agência Nacional de Telecomunicações, José Bicalho.

“Existem uma série de assuntos, por exemplo, relacionados à segurança, mensagens não-solicitadas (spam), nomes de domínio, que precisam de uma abordagem global, que seja feita não em nível nacional. Então a idéia do GF era de, primeiro, criar espaço para conversar e discutir esses assuntos que são de políticas públicas globais. Não adianta tentar tratá-los só em nível nacional. Então, você precisa de um tratamento internacional para isso, e uma forma de trazer para essa discussão também os países em desenvolvimento”, disse Bicalho.

Segundo Bicalho, ao contrário do que se afirma em vários fóruns sobre internet, o Brasil não é o campeão em número de hackers e fraudes virtuais.

“Isso é um mito que se criou. Na verdade os países desenvolvidos têm uma produção desse tipo de iniciativa ruim de ataque à internet muito maior do que existe no Brasil. O que acontece é que alguns ‘hackers’ brasileiros, ou pessoas envolvidas nesse assunto se tornaram famosos especialistas nesse tipo de tema. Mas isso não é verdade. O número de ataques hoje vêm muito mais dos países desenvolvidos e a geração de ‘spam’, por exemplo, também vem de países desenvolvidos”, afirmou.

A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, também participou do evento com debates sobre liberdade de expressão na rede.