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Soldados rebelados entregam armas no Timor-Leste BR

Soldados rebelados entregam armas no Timor-Leste

No Timor-Leste, um terceiro grupo de soldados rebeldes decidiu entregar suas armas ao presidente do país, Xanana Gusmão.

A atual onda de violência que já matou mais de 35 pessoas começou em abril, quando cerca de 600 soldados demitidos pelo governo entraram em confronto com tropas do país.

O embaixador do Timor-Leste na ONU, Luis Guterres (foto), disse que a rendição ajudou a restabelecer a calma em Díli, capital timorense.

Guterres informou que o ministro do Exterior e Prêmio Nobel da Paz, José Ramos Horta, deve ser confirmando novo premiê do país.

“Esse é um governo de transição que vai durar até as eleições, que serão provavelmente em março ou abril de 2007. É um governo que vai ser de gestão. Como já expressou o próprio candidato a primeiro-ministro Ramos Horta, este será um governo menor. Ele disse que queria um governo pequeno e, naturalmente, em função disso é provável que ele acumule as pastas da Defesa e de Negócios Estrangeiros tal como está hoje”, disse Guterres.

Uma ex-colônia portuguesa no sudeste da Ásia, o Timor-Leste se tornou independente em 2002 após décadas de anexação pela Indonésia.

Para o embaixador Guterres, Portugal e Brasil podem ajudar o Timor com um contigente de tropas e policiais.

“Nós achamos que o Brasil tem capacidade de contribuir em nível dos militares ou mesmo da polícia assim como em outras áreas, por exemplo Justiça, na qual o Timor também não está muito capacitado ainda. Mas também há outros países de expressão portuguesa que serão bem-vindos numa próxima missão das Nações Unidas, o que deve talvez ser decidido em até dois meses pelo Conselho de Segurança”, informou o embaixador.

O Escritório da ONU de Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha, afirmou que o apelo de ajuda ao Timor já arrecadou mais de US$ 15 milhões, quase 80% do total solicitado.